Arcano Sacerdotisa no Tarô: Interpretação e Significado Esotérico
Nas águas da vida aparecem duas colunas, do templo de Ísis, a branca Jakin e a negra Boaz: cada uma com quatro degraus significando os quatro corpos de pecado (físico, vital, astral e mental), em cima aparece uma Mestra sentada entre duas colunas maiores. Ela está no interior de um templo, está voltada para nós, por isso as colunas estão ao contrário.
O fato de estar sentada indica-nos o seu aspecto “passivo”; no arcano nº. 1, o Mago está parado; aspecto “ativo”. Na lâmina, está mostrando o seu perfil esquerdo, o seu aspecto negativo. No seu regaço um livro meio aberto que cobre metade com o seu manto, indicando que ela é a Sabedoria, ela ensina a Cabala.
No seu peito a Cruz Ansata, o símbolo da vida, o fundamento, Vênus, a Cruz Tao. A cruz sobre o peito descoberto significa que o seu produto, o leite, são as Virtudes.
A Serpente sobre a fronte indica Mestria; que está levantada. Sobre a sua cabeça, os chifres do Touro Sagrado Ápis, o esposo da Vaca Divina; os chifres simbolizam internamente «O Pai», externamente, o «Eu psicológico» (os nossos
defeitos).
Encontramos também os atributos do Novilho ou Kabir. O círculo é a Serpente que morde a cauda, representa a Mãe Cósmica, a Vaca Sagrada. O véu que cai sobre o seu rosto é o Véu de Ísis.
Significado Esotérico: Arcano Sacerdotisa no Tarô
O arcano nº. 2 é a Sacerdotisa, a Ciência Oculta. No campo do Espírito o Um é o Pai que está em Segredo, o Dois é a Mãe Divina, a qual é o desdobramento do Pai.
O livro sagrado dos Maias, o Popol Vuh, diz que Deus criou o homem de barro e depois de madeira (a Raça Atlante), porém eles esqueceram-se dos seus Pais e Mães, esqueceram-se «do Coração do Céu», logo veio um grande dilúvio e todos pereceram, procuravam refúgio nas cavernas e estas derrubavam-se (refere-se à submersão da Atlântida).
Assim pois, cada um tem o seu Pai e a sua Mãe Divina que são muito sagrados. No Pai e na Mãe Kundalini vemos as duas colunas Jakin e Boaz, as quais são as que sustentam o Templo. A letra hebraica Beth expressa o dualismo das duas colunas do templo: Jakin — a coluna direita de cor branca, o homem, princípio masculino —; e Boaz — a coluna esquerda de cor negra, a mulher, o princípio feminino.
Entre as duas colunas, J. e B., está o Grande Arcano; isto precisamente não o entendem muitos irmãos Maçons. Coloca-se a Pedra Cúbica em estado bruto entre as duas colunas e converte-se na Pedra Cúbica de Yesod já lavrada. Isto não é outra coisa senão o sexo, o Sephirote Jesod; temos de conhecer o Arcano, o Maithuna representado pelo cinzel da inteligência e o martelo da Vontade.
As palavras inefáveis da Deusa Neith foram esculpidas com letras de ouro nos muros resplandecentes do Templo da Sabedoria: «Eu sou aquela que sempre foi, é e será, e nenhum mortal levantou o meu véu.».
O véu simboliza que os segredos da Mãe Natureza estão ocultos para o profano e que somente o iniciado após incessantes purificações e meditações os consegue descobrir. Vós deveis ser valorosos e levantar o véu de Ísis; a nossa divisa Gnóstica é Thelema, (Vontade).
O nº. 1, o Pai que está em Segredo, é o Eterno Princípio Masculino, é em si mesmo Brahma, sem forma, impessoal, inefável, podemos simbolizá-lo com o Sol. O nº. 2, a Mãe Divina, é o Eterno Princípio Feminino, podendo simbolizar-se com a Lua.
Brahma não tem forma, é Aquilo, porém, em si mesmo, é o governador do Universo, é Ishvara, Eterno Princípio Masculino, o Princípio Universal de Vida.
O Princípio Universal de Vida desdobra-se no Eterno Princípio Feminino Universal, o qual é o Grande Pralaya do Universo, do Cosmos, Seio Fecundo de onde tudo nasce e aonde tudo retorna. No ser humano, a Mãe Cósmica assume a forma de uma Serpente.
Existem duas serpentes: uma é a Serpente Tentadora do Éden, a da Deusa Kali, o abominável Órgão Kundartiguador; a outra é a Serpente de Bronze, a que curava os Israelitas no deserto; a Serpente Kundalini.
São os dois Princípios Femininos do Universo; a Virgem e a Rameira; a Mãe Divina ou Lua Branca e a Lua Negra, referida como Astarot ou Kali, o aspecto tenebroso.
O arcano nº. 2 é o da Sacerdotisa; no ocultismo diz-se que é a manifestação Dual da Unidade. A Unidade ao desdobrar-se dá origem à Feminilidade Receptora e Produtora em toda a Natureza. É óbvio que dentro do organismo humano está o nº. 2 e este está relacionado com o nº. 1, a Vontade e com o nº. 2, a Imaginação.
Tem de se distinguir entre a imaginação intencional e a imaginação mecânica. É óbvio que a imaginação mecânica é a própria fantasia. A chave de poder encontra-se na união da Vontade e da Imaginação, em vibrante harmonia.
Existe uma chave para sair em astral, e esta é rápida: ao despertar do sono normal, mantenham os olhos fechados e sem se mexerem imaginem vivamente qualquer lugar (mas não imaginem que estão a imaginar).
al tem de se traduzir em atos; sintam-se plenamente seguros de estarem no lugar imaginado, unam a Vontade e Imaginação e é lógico que se o lograrem, o resultado será o triunfo. Ponham a imaginação em ação e ponham-se, com fé, a caminhar no lugar que estão a imaginar.
Significados do Arcano Sacerdotisa no Tarô:
- Sabedoria;
- Gnose;
- A casa de Deus e do homem;
- O Santuário;
- A lei;
- A Cabala;
- A Igreja Oculta;
- A reflexão.
Refere-se também ao binário, ao princípio feminino, receptivo, materno. Além disso, está simbolicamente associado à mistério, intuição, piedade, paciência e influência saturnina passiva.
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Bibliografia consultada:
O Caminho Iniciático nos Arcanos do Tarô e da Cabala – Samuel Aun Weor
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